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O Fluminense vai encarar o Manchester City na final do Mundial de Clubes. O confronto acontece na pr�xima sexta-feira, �s 15:00 (de Bras�lia), no Est�dio King Abdullah Sports City,site de apostJeddah, na Ar�bia Saudita.

O t�cnico da equipe inglesa, Pep Guardiola, mostrou admira��o pelo estilo de jogo do Fluminense.

"Est� muito bem, � o futebol brasileiro de muito tempo. Sempre lembro do meu pai, me dizia que os brasileiros jogam de forma bem lenta, todos juntos com a bola, passes curtos e, de repente, no �ltimo momento, arrancam rapidamente. E parece que � a ess�ncia. Brasil sempre � Brasil, os times brasileiros, aconte�a o que acontecer, sempre t�m bons jogadores, cada vez mais" disse.

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Por que eu acredito que o Fluminense vencer� o City

Straight into #ClubWC final prep! ? pic.twitter.com/3iMI0ZeykG? Manchester City (@ManCity) December 20, 2023O treinador espanhol ainda elogiou o trabalho de Diniz e destacou alguns jogadores da equipe carioca."� a escola brasileira. Jogam muito bem com a bola, se juntam muito, t�m jogadores de muita qualidade, como Andr� e Ganso. A partir de agora vou me concentrar no Fluminense, para ver o que temos que fazer", declarou.

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? Manchester City (@ManCity) December 20, 2023

O treinador espanhol ainda elogiou o trabalho de Diniz e destacou alguns jogadores da equipe carioca.

"� a escola brasileira. Jogam muito bem com a bola, se juntam muito, t�m jogadores de muita qualidade, como Andr� e Ganso. A partir de agora vou me concentrar no Fluminense, para ver o que temos que fazer", declarou.

Guardiola n�o deu ind�ciossite de apostrela��o ao time que entrar�site de apostcampo na grande final do Mundial de Clubes, entretanto deve fazer modifica��es na equipe titular para a decis�o.

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No Divisional Round, o Steelers ganhou por 23-0 nos pr�ximos 14 jogos, terminando assim a primeira e �nica temporada de divis�o n�o-profissional do Steelers. eles perderam para o Houston 49ers por 28-20, empatando o Super Bowl V de forma invicta o recorde da franquia.Na semana seguinte 000,00 (vinte milh�es de reais), at� atingir o valor total do incentivo; � de 2% (dois por cento) do saldo devedor mensal do ICMS apurado no per�odo, para empresa com saldo devedor anual de R$ 20.000. O incentivo fiscal disponibilizado � de at� 0,05% (cinco cent�simos por cento) da receita l�quida anual do ICMS que coube ao Estado, relativamente ao exerc�cio anterior.

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    Eles receberam o t�tulo de duplas por serem os �nicos membros do Raw com seis reinados diferentes (Reign, The Miz, Jimmy Wang Yang, Rusev, Rey Mysterio, Seth Rollins e Roman Reigns). No Confraet, os Estados Unidos perderam o t�tulo para a campe�, com quatro dias de luto na mem�ria da �ltima pessoa a perder o t�tulo.

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    RotoNews adicionou valor aos jogadores de Esporte Fantasy criando as notas de jogador, que eram trechos de informa��o mostrando o status do jogador para a pr�xima partida, se ele machucou, trocou de time, ia come�ar como titular ou reserva entre outros. O jogo conta com disputas de futebol, incluindo v�rios campeonatos (Estaduais, Libertadores, Champions League, Brasileir�o, sulamericana, s�rie B, La Liga, entre outros), mas no futuro ter� outras modalidades esportivas como UFC, NFL, NBA, E-Sports e Poker.[18]

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    ATIVIDADE 3 Objeto de Conhecimento Esporte e Paradesporto de marca, precis�o, invas�o, campo e taco, rede/parede: Hist�ria, Conceito, Valores, Regras e Fundamentos t�cnicos e t�ticos.

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    Nesta atividade propomos que os estudantes simulem uma modalidade esportivasite de apostuma situa��o de lazer. Seja o �rbitro do jogo.

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    Resumos

    A Fisiologia do Exerc�cio, �rea de conhecimento derivada da Fisiologia, � caracterizada pelo estudo dos efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio f�sico sobre as estruturas e as fun��es dos sistemas do corpo humano.

    Ela pode ser considerada uma das disciplinas mais tradicionais relacionadas � pr�tica acad�mica e profissional da Educa��o F�sica e do Esportesite de apostfun��o da grande heran�a biol�gica destas �reas.

    Neste artigo, ser�o abordadas �s linhas de pesquisa nessa �rea, a integra��o do conhecimento cient�fico com a pr�tica profissional e as perspectivas futuras da Fisiologia do Exerc�cio.

    A fisiologiasite de aposteduca��o f�sica e esporte

    The physiology in physical education and sport

    Cl�udia L�cia de Moraes Forjaz; Valmor Tricoli

    Escola de Educa��o F�sica e Esporte, Universidade de S�o PauloRESUMO

    A Fisiologia do Exerc�cio, �rea de conhecimento derivada da Fisiologia, � caracterizada pelo estudo dos efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio f�sico sobre as estruturas e as fun��es dos sistemas do corpo humano.

    Ela pode ser considerada uma das disciplinas mais tradicionais relacionadas � pr�tica acad�mica e profissional da Educa��o F�sica e do Esportesite de apostfun��o da grande heran�a biol�gica destas �reas.

    Neste artigo, ser�o abordadas �s linhas de pesquisa nessa �rea, a integra��o do conhecimento cient�fico com a pr�tica profissional e as perspectivas futuras da Fisiologia do Exerc�cio.

    Unitermos: Fisiologia do exerc�cio; Fisiologia do esfor�o; Pesquisa; Profiss�o; Adapta��o.

    ABSTRACT

    Exercise Physiology is a sub discipline from the area of Physiology.

    It is characterized by the investigation of the acute and chronic effects of physical exercise on the structures and functions of the human body.

    Exercise Physiology can be considered one of the most traditional academic and professional sub disciplines of the Physical Education and Sport because of the biological heritage of these fields.

    In this paper, we are going to discuss the lines of investigation, the relationship between the scientific knowledge and professional practice, and the future perspectives for the Exercise Physiology.

    Uniterms: Exercise physiology; Research; Profession; Adaptation.

    Introdu��o

    O termo fisiologia vem do grego "physis" = natureza, fun��o ou funcionamento e "logos" = palavra ou estudo.

    Assim, a Fisiologia caracteriza-se como o ramo da Biologia que estuda as m�ltiplas fun��es mec�nicas, f�sicas e bioqu�micas dos seres vivos.

    Ela se utiliza dos conceitos da f�sica e da qu�mica para explicar como ocorrem as fun��es vitais dos diferentes organismos e suas adapta��es frente aos est�mulos do meio ambiente.

    Nesse contexto, a Fisiologia do Exerc�cio (tamb�m chamada de Fisiologia do Esfor�o ou da Atividade F�sica) � uma �rea do conhecimento derivada da disciplina-m�e Fisiologia, que estuda como as fun��es org�nicas respondem e se adaptam ao estresse imposto pelo exerc�cio f�sico (JOYER & SALTIN, 2008; WILMORE & COSTILL, 2010).

    Em outras palavras, a Fisiologia do Exerc�cio estuda os efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio f�sico sobre a estrutura e a fun��o dos diversos sistemas org�nicos.

    Em complemento, a Fisiologia do Exerc�cio investiga tamb�m a intera��o entre os diferentes efeitos do exerc�cio f�sico e a influ�ncia dos estressores ambientais (PATE & DURSTINE, 2004).

    Entende-se por efeitos agudos, chamados de "respostas", as altera��es decorrentes da execu��o de uma sess�o de exerc�cio.

    Essas respostas s�o subdivididassite de apostrespostas observadas durante o exerc�cio (tamb�m chamadas de per exerc�cio) e respostas observadas ap�s o exerc�cio (tamb�m chamadas de subagudas ou p�s-exerc�cio).

    As �ltimas podem ainda ser divididassite de apostrespostas imediatas, que ocorrem nas primeiras uma ou duas horas ap�s o exerc�cio, e tardias, que s�o observadas ao longo de 24 horas p�s-exerc�cio.

    Quanto aos efeitos cr�nicos, denominados "adapta��es", eles correspondem �s altera��es estruturais e funcionais decorrentes de um per�odo prolongado de treinamento f�sico regular (N�BREGA, 2005).

    Para melhor esclarecimento, podemos tomar como exemplo o interesse da �rea da Fisiologia do Exerc�ciosite de apostinvestigar os efeitos da atividade f�sica sobre a frequ�ncia card�aca.

    Alguns pesquisadores poderiam estar interessadossite de apostsaber se a frequ�ncia card�aca se altera durante a execu��o de um exerc�cio - efeitos agudos per exerc�cio.

    Por�m, outros poderiam estar interessados se, ap�s a finaliza��o do exerc�cio, a frequ�ncia card�aca retorna aos valores pr�-exerc�cio, caracterizando o estudo dos efeitos agudos p�s-exerc�cio.

    Outros ainda poderiam ter como objetivo saber se, ap�s um per�odo de treinamento de algumas semanas, a frequ�ncia card�aca sofre alguma modifica��o - efeito cr�nico.

    Em todas essas situa��es, a influ�ncia de outros fatores poderia tamb�m ser investigada, por exemplo, se esta resposta � a mesmasite de apostdiferentes popula��es, qual o efeito de diferentes tipos de exerc�cio ou treinamento f�sico, ou ainda qual a influ�ncia da temperatura ambiental.

    Os mecanismos envolvidos nessas respostas tamb�m interessam aos pesquisadores e, portanto, tamb�m podem ser investigados.

    � interessante observar, entretanto, que pesquisas utilizando o exerc�cio f�sico e avaliando as respostas fisiol�gicas s�o realizadas tamb�m por pesquisadores da fisiologia b�sica, sendo importante discriminar as diferen�as dessas pesquisas para as pesquisas espec�ficas, de car�ter mais aplicado,site de apostFisiologia do Exerc�cio.

    Para a fisiologia b�sica, o exerc�cio � empregado como um estressor ao organismo, assim como poderia ser utilizado um estresse t�rmico, psicol�gico ou qualquer outro.

    O importante � colocar o organismo numa situa��o de instabilidade e verificar suas respostas.

    Fica claro que o exerc�cio f�sico � utilizado como um meio de investiga��o cient�fica.

    Por outro lado, para os pesquisadores da Fisiologia do Exerc�cio, os conhecimentos da fisiologia b�sica s�o utilizados para explicar as respostas humanas ao exerc�cio.

    O exerc�cio passa a ser o ponto principal da an�lise, ele � o objeto de estudo propriamente dito, � a finalidade da pesquisa.

    Alguns autores (PATE & DURSTINE, 2004; WILLMORE & COSTILL, 2010) subdividem a Fisiologia do Exerc�cio e conceituam a Fisiologia do Esporte como uma �rea do conhecimento que aplica os conceitos da Fisiologia do Exerc�cio na elabora��o e organiza��o de meios, m�todos e programas de treinamento voltados, especificamente, para o aumento do desempenho f�sico-esportivo de atletas.

    Da mesma forma, outra subdivis�o existente � a Fisiologia do Exerc�cio Cl�nica, que aplica os conceitos da Fisiologia do Exerc�cio na elabora��o de programas voltados para manuten��o da sa�de, atrav�s da preven��o, tratamento e controle das doen�as pelo exerc�cio f�sico (EHRAN, GORDON, VISICH & KETEYIAN, 2009; PATE & DURSTINE, 2004).

    Neste manuscrito, a terminologia Fisiologia do Exerc�cio ser� utilizada para representar a aplica��o dos conhecimentos fisiol�gicos �s situa��es da Educa��o F�sica e do Esporte.

    Hist�rico

    As origens da Fisiologia do Exerc�cio se confundem com os prim�rdios da Medicina e da prescri��o da atividade f�sica com fins terap�uticos no tratamento de doen�as e manuten��o das boas condi��es de sa�de.

    Por�m, somente no final do s�culo 19 � que a Fisiologia do Exerc�cio come�ou a surgir como uma �rea de interesse acad�mico-cient�fico.

    O primeiro livro espec�fico da �rea foi publicadosite de apost1889 pelo pesquisador franc�s Fernand LaGrange intitulado "Physiology of Bodily Exercise" (WILMORE & COSTILL, 2010).

    � interessante destacar que a contribui��o europ�ia para a evolu��o da Fisiologia do Exerc�cio prosseguiu nos anos seguintes.

    O dinamarqu�s August Krogh (1920), o brit�nico Archibald V.

    Hill (1922) e o alem�o Otto Meyerhof (1922) receberam o Pr�mio Nobel por suas pesquisas na fisiologia da musculatura esquel�tica e do metabolismo energ�tico.

    Nos anos 30, os escandinavos Erik Hohwu-Christensen, Erling Asmussen e Marius Nielsen avan�aram o conhecimento sobre as propriedades mec�nicas do m�sculo esquel�tico e o controle da temperatura corporalsite de apostexerc�cio.

    Christensen foi o mentor de Per-Olof Astrand, o qual obteve grande destaque nos anos 50-60 com investiga��es relacionadas � aptid�o f�sica, sa�de e resist�ncia aer�bia.

    Ambos, Christensen e Astrand, foram mentores do sueco Bengt Saltin, que juntamente com Jonas Bergstrom, no final dos anos 60, impulsionaram a aplica��o da bi�psia para o estudo da estrutura e da bioqu�mica muscular.

    Esta t�cnica permitiu aos fisiologistas do exerc�cio compreender melhor o metabolismo energ�tico e o efeito do tipo de fibra muscular no desempenho f�sico dos atletas.

    Por 20 anos (1927-1947), o "Harvard Fatigue Laboratory" foi o ponto focal da hist�ria da Fisiologia do Exerc�cio nos Estados Unidos da Am�rica.

    Neste laborat�rio, o Prof.Dr.

    David Bruce Dill, seu coordenador de pesquisa, conduziu estudos nas �reas de metabolismo energ�tico, meio ambiente (efeitos do frio e da altitude), envelhecimento, nutri��o e aptid�o f�sica e sa�de (POWERS & HOWLEY, 1994).

    Os anos 50 viram os nomes de Dudley Sargent e Thomas Cureton ganharem destaque.

    O livro cl�ssico do Prof.

    Cureton "Physical Fitness of Champion Athletes", publicadosite de apost1951, estimulou o interesse de diversos fisiologistas do exerc�ciosite de apostinvestigar o perfil fisiol�gico de atletas (WILMORE, 2003).

    A partir dos anos 60, a Fisiologia do Exerc�cio se estabeleceu como �rea de investiga��o cient�fica com a presen�a de pesquisadores como William McArdle, Frank Katch, David Costill, Jack Wilmore, entre outros (DEVRIES, 2000).

    No Brasil, a Fisiologia do Exerc�cio teve in�cio nos anos 70 com o Prof.Dr.

    Maur�cio Leal Rocha, profissional da �rea m�dica.

    Na d�cada de 70, todos os alunos que ingressavam na Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) passavam pelo Laborat�rio de Fisiologia do Exerc�cio (LABOFISE), coordenado pelo Prof.Dr.

    Maur�cio, para medi��es antropom�tricas.

    A meta do professor era obter o perfil antropom�trico e fisiol�gico dos alunos que ingressavam na Universidade.

    Esta iniciativa desencadeou alguns anos depois o Projeto Brasil.

    Este projeto propunha o deslocamento das avalia��es para cidades do interior do pa�ssite de apostbusca do perfil de aptid�o f�sica do homem brasileiro.O Prof.Dr.

    Maur�cio esteve tamb�m envolvido com as primeiras atividades de ergometria, reabilita��o e medicina do esporte no Brasil.

    A hist�ria da Fisiologia do Exerc�cio na Escola de Educa��o F�sica e Esporte da Universidade de S�o Paulo (EEFEUSP) come�ou com o primeiro laborat�rio de pesquisa da Escola denominado CIPEF - Centro Integrado de Pesquisasite de apostEduca��o F�sica.

    Este centro de pesquisa foi criado por um docente de forma��o na �rea de medicina, o Prof.Dr.

    M�rio de Carvalho Pini e foi coordenado pela Profa.Dra.

    Maria Augusta Peduti Dal'Molin Kiss.

    O CIPEF desenvolveu as primeiras pesquisas na �rea da Fisiologia do Exerc�cio e foi respons�vel por formar alguns dos pesquisadores que se tornaram l�deres nesta especialidadesite de apostnosso pa�s (TANI, 1999).

    Linhas gerais de investiga��o

    As investiga��essite de apostFisiologia do Exerc�cio s�o bastante diversas e levamsite de apostconta diferentes aspectos relacionados aos efeitos do exerc�cio.

    Considerando-se que esse efeitos sobre as diferentes fun��es org�nicas dependem das caracter�sticas do executante, as pesquisas na �rea da Fisiologia do Exerc�cio t�m sido desenvolvidas com diferentes popula��es: crian�as, adolescentes, jovens, adultos, idosos, indiv�duos saud�veis, portadores de doen�as, sujeitos sedent�rios, condicionados e atletas de diferentes n�veis e modalidades esportivas.

    Al�m disso, alguns estudos s�o conduzidos com animais de experimenta��o, como ratos, camundongos, coelhos, porcos, cachorros e gatos.

    Classicamente, as pesquisassite de apostFisiologia do Exerc�cio visam observar os efeitos do exerc�ciosite de apostsistemas org�nicos espec�ficos, tendo como os principais temas de investiga��o o metabolismo energ�tico, os sistemas cardiorrespirat�rio, neuromuscular, imunol�gico e end�crino (PLOWMAN & SMITH, 2009).

    Entretanto, durante o exerc�cio f�sico ocorrem altera��es simult�neas nas fun��es de todos estes sistemas, de modo que a tend�ncia de investiga��o atual e, principalmente futura, na �rea da Fisiologia do Exerc�cio � a elabora��o de pesquisas que tragam uma vis�o mais abrangente e integrada dos efeitos do exerc�cio no organismo como um todo.

    Considerando-se as linhas de investiga��o da Fisiologia do Exerc�cio, algumas sub�reas podem ser identificadas.

    Os estudos iniciais se concentravam-se, principalmente,site de apostaspectos da aptid�o f�sica e desempenho esportivo, enquanto que, mais recentemente, um grande volume de conhecimento passou a ser produzido sobre aspectos relacionados � sa�de.

    Dessa forma, � poss�vel subdividir a Fisiologia do Exerc�ciosite de apostaspectos relacionados ao desempenho esportivo e aspectos relacionados � aplica��o cl�nica (EHRAN et al.

    , 2009; PATE & DURSTINE, 2004).

    As pesquisas relacionadas � primeira �rea envolvem a avalia��o de atletas, procedimentos de treinamento, desenvolvimento de capacidades motoras, respostas agudas e adapta��es ao processo treinamento, efeitos do meio ambiente, entre outros.

    Na �rea da Fisiologia do Exerc�cio voltada � sa�de, os estudos abordam a preven��o, tratamento e controle de doen�as relacionadas � hipocinesia (i.e.

    oriundas da baixa participa��osite de apostatividades f�sicas),site de apostespecial, as doen�as cr�nico-degenerativas.

    Para explicar os efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio sobre as fun��es org�nicas emsite de apostplenitude, a Fisiologia do Exerc�cio precisa n�o s� descrever as respostas observadassite de apostdecorr�ncia da execu��o do exerc�cio e do treinamento f�sico, mas tamb�m precisa explicar os mecanismos envolvidos e a aplicabilidade desses achadossite de apostcondi��es reais.

    Para cumprir esse papel, a Fisiologia do Exerc�cio envolve pesquisas de cunho b�sico e aplicado.

    No contexto b�sico, os estudos investigam os mecanismos; enquanto que as pesquisas aplicadas testam diferentes caracter�sticas do exerc�cio f�sicosite de apostdiferentes popula��es e avaliam os efeitos dessas diferen�as nas respostas agudas e cr�nicas das fun��es org�nicas (THOMAS & NELSON, 2005).

    A pesquisa aplicada envolve ainda dois n�veis de investiga��o: o cl�nico ou de laborat�rio e o pr�tico ou de aplica��osite de apostcampo.

    No n�vel cl�nico, a hip�tese de estudo � testadasite de apostcondi��es bem controladas, o que aumenta a validade interna do estudo, ou seja, a chance daquele resultado realmente ser consequ�ncia da interven��o realizada.

    Por outro lado, no n�vel da aplica��osite de apostcampo, a investiga��o da hip�tese ocorresite de apostcondi��es reais de execu��o, com menor controle das vari�veis que podem interferir nos resultados, o que aumentasite de apostvalidade externa, ou seja, a chance do resultado ser extrapolado para situa��es semelhantes.

    Para facilitar a compreens�o, vamos retornar ao exemplo sobre o que acontece com a frequ�ncia card�aca durante a execu��o do exerc�cio.

    Nesse contexto, a pesquisa cl�nica ou de laborat�rio poderia medir a resposta da frequ�ncia card�aca durante um determinado exerc�cio (por exemplo, 20 minutos pedalando no cicloerg�metro com 100 watts), tentando controlar todos os outros fatores que poderiam afet�-la como, por exemplo, a temperatura e hora do dia.

    Essa investiga��o poderia descobrir que a frequ�ncia card�aca aumenta 50% durante a execu��o desse exerc�cio nestas condi��es.

    A pesquisa aplicada de campo, por outro lado, usaria esse mesmo exerc�cio numa situa��o real, por exemplo,site de apostpessoas que se exercitam num clube, sem controlar a temperatura e hora do dia e, dessa forma, verificaria se, realmente, a frequ�ncia card�aca aumenta durante a execu��o.

    Ainda no mesmo contexto, a pesquisa b�sica tentaria explicar quais s�o os mecanismos respons�veis pelo aumento da frequ�ncia card�aca durante o exerc�cio.

    Eventualmente, a investiga��o de mecanismos necessita se aprofundar tanto, que por falta de tecnologia ou por quest�es �ticas, ela precisa ser conduzidasite de apostanimais e, nesse caso, um modelo animal adequado precisaria ser escolhido.

    A transi��o do conhecimento da pesquisa b�sica para a cl�nica de laborat�rio e aplicada de campo � conhecida como pesquisa translacional.

    No cen�rio cient�fico � altamente desejado que este modelo seja utilizado para que o fen�meno investigado seja explicado de forma mais abrangente e completa (LIPPI, 2011).

    Cabe ressaltar, no entanto, que a sequ�ncia de evolu��o do conhecimento entre esses tipos de pesquisa n�o precisa seguir um sentido �nico.

    Em outras palavras, � poss�vel que a pesquisa b�sica crie uma hip�tese que seja testada pela cl�nica de laborat�rio e depois de campo, assim, como �s vezes, a pesquisa de campo cria hip�teses para serem testadas pela pesquisa de laborat�rio e cujos mecanismos precisam ser investigados pela pesquisa b�sica.

    Para finalizar, � importante ressaltar que para que a ci�ncia n�o perca o foco da realidade, � fundamental que as pesquisas nos diferentes n�veis (b�sica e aplicada) embasem suas buscassite de apostquest�es pertinentes e relacionadas � atua��o da Educa��o F�sica e do Esporte.

    Em outras palavras, � desej�vel que o campo profissional traga os problemas que enfrenta para serem investigados, e que as hip�teses sejam montadassite de apostfun��o desses problemas e que sejam testadas de forma integrada nos diferentes n�veis de pesquisa.

    Linhas de pesquisa

    Diversas defini��es de linha de pesquisa podem ser observadas.

    Segundo BORGES-ANDRADE (2003), a linha de pesquisa pode se entendida como um tra�o imagin�rio que: a) determina o rumo ou o que ser� investigado; b) delimita as fronteiras do campo espec�fico do conhecimento que ser� abordado; c) oferece orienta��o te�rica aos que far�o a pesquisa; e d) estabelece os procedimentos adequados.

    Segundo a Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (CAPES), ag�ncia do governo federal que determina os rumos da p�s-gradua��o brasileira, linha de pesquisa define um dom�nio ou n�cleo tem�tico da atividade de pesquisa de um Programa de P�s-Gradua��o, que envolve o desenvolvimento sistem�tico de trabalhos com objetos ou metodologias comuns.

    J� para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CNPq), ag�ncia do Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia destinada ao fomento da pesquisa cient�fica e tecnol�gica e � forma��o de recursos humanos para a pesquisa no Brasil, linhas de pesquisa representam temas aglutinadores de estudos t�cnico-cient�ficos, que se fundamentamsite de aposttradi��o investigativa, de onde se originam projetos cujos resultados guardam rela��o entre si.

    Analisando-se as defini��es anteriores, fica claro que uma linha de pesquisa deve ser abrangente o bastante para aglutinar pesquisas com temas e m�todos comuns, mas tamb�m deve ser delimitada o bastante para que seu rumo e campo espec�fico de investiga��o n�o se percam.

    Essa dificuldade de abrang�ncia faz com que as linhas de pesquisa sejam muitas vezes definidas de forma imprecisa.

    Infelizmente, essa mesma falta de precis�o observada na defini��o das linhas de pesquisa da Educa��o F�sica e do Esporte, tamb�m pode ser verificada na �rea da Fisiologia do Exerc�cio.

    Em levantamento no diret�rio dos grupos de pesquisa do CNPq (http://www.cnpq.

    br/gpesq/apresentacao.

    htm), usando-se como palavra chave de busca, Fisiologia do Exerc�cio, observam-se desde linhas de pesquisa muito abrangentes, como "Fisiologia do Exerc�cio", "Impacto do exerc�cio f�sico aer�bico e resistido, agudo e cr�nico sobre os sistemas fisiol�gicos de indiv�duos saud�veis e indiv�duos doentes" ou "Atividade f�sica, aptid�o f�sica e sa�de", que quase se caracterizam como �reas do conhecimento; at� linhas muito delimitadas, como "Estudo das t�cnicas de avalia��o f�sica e antropom�trica: an�lise cr�tica, interpreta��o e aplica��o pr�tica" ou "Estudo da variabilidade da frequ�ncia card�acasite de apostpacientes com fibromialgia - efeito do treinamento resistido", que quase se configuram como um projeto de pesquisa.

    Apesar dessa grande imprecis�o na defini��o das linhas esite de apostabrang�ncia, � poss�vel observar que as linhas de pesquisassite de apostFisiologia do Exerc�cio se situam, emsite de apostmaioria,site de apostinvestiga��es voltadas para um conhecimento mais aplicado.

    Estudos sobre as altera��es fisiol�gicas geradas por um tipo espec�fico de exerc�cio f�sico, a avalia��o de par�metros fisiol�gicos durante o exerc�cio, os efeitos do exerc�cio f�sico relacionados � sa�de ou ao desempenho f�sico-esportivo s�o temas frequentemente encontrados.

    Al�m disso, algumas linhas de pesquisa definem j�site de apostseu t�tulo a popula��o alvo de estudo (crian�as, adultos, idosos, sujeitos saud�veis, portadores de doen�as, atletas e animais).

    O tipo de exerc�cio ou de treinamento tamb�m tem sido inclu�do no tema de algumas linhas de pesquisa, como treinamento de for�a, treinamento aer�bio, ciclismo, caminhada, entre outros.

    Algumas vezes, o sistema org�nico que ser� investigado tamb�m � citado, ou seja, adapta��es cardiovasculares, respirat�rias, end�crinas, imunol�gicas, etc.

    Para exemplificar, s�o apresentadas, a seguir, algumas das linhas mais comuns de pesquisa dentro da Fisiologia do Exerc�cio: 1) efeitos do exerc�cio/treinamento f�sico sobre os sistemas muscular e �sseo; 2) respostas cardiorrespirat�rias ao exerc�cio f�sico; 3) efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio no sistema cardiovascular; 4) diagn�stico da aptid�o aer�bia; 5) exerc�cio f�sico e estresse oxidativo; 6) efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio f�sico no sistema imune; 7) efeitos agudos e cr�nicos do exerc�cio no sistema end�crino; 8) exerc�cio f�sico e envelhecimento; e 9) exerc�cio f�sico e doen�as cr�nico-degenerativas.

    Integra��o com o campo profissional

    O conhecimento acad�mico-cient�fico � primordial para uma forma��o profissional adequada e, principalmente, para o oferecimento de um servi�o de qualidade para a sociedade.

    Assim, a rela��o entre a produ��o do conhecimento cient�ficosite de apostFisiologia do Exerc�cio e o campo de atua��o profissional da Educa��o F�sica e do Esporte deve ser considerada como uma etapa importante no processo de forma��o do futuro profissional.

    Cabe lembrar que os conhecimentos oriundos da Fisiologia do Exerc�cio podem n�o ser aplicados de forma direta na pr�tica profissional, mas oferecem suporte para o conhecimento aplicado produzido por �reas como o Treinamento Esportivo e a Atividade F�sica para a sa�de.

    Entender como o corpo humano funciona e como ele reage e se adapta frente aos est�mulos oferecidos pela pr�tica de exerc�cios f�sicos permite a busca por solu��es mais adequadas para a melhoria da sa�de e do rendimento f�sico-esportivo.

    Segundo PLOWAN e SMITH (2009), o conhecimento oferecido pela Fisiologia do Exerc�cio permite ao aluno de gradua��o: a) compreender como o exerc�cio f�sico modifica o funcionamento fisiol�gico b�sico do organismo do ser humanosite de apostcurto e longo prazo, conhecendo os mecanismos respons�veis por essas mudan�as (o conhecimento da resposta normal permite reconhecer uma resposta anormal e adaptar-se a ela); b) proporcionar programas de educa��o f�sica e esporte que estimulem o praticante tanto f�sica quanto intelectualmente (os praticantes precisam compreender como o exerc�cio f�sico pode benefici�-los, porque s�o avaliados e como os resultados dessa avalia��o podem ser utilizados); c) ser capaz de aplicar os resultados da pesquisa cient�fica de forma a maximizar a sa�de, a reabilita��o e/ou o desempenho atl�ticosite de apostuma ampla variedade de popula��es; e d) ser capaz de responder com embasamento cient�fico �s quest�es e alega��es da propaganda, bem como de reconhecer e reagir aos mitos e concep��es err�neas sobre o exerc�cio e a pr�tica esportiva.

    Portanto, o conhecimento cientificamente orientado permitir� ao profissional elaborar interven��es baseadas nas respostas fisiol�gicas previs�veissite de apostcurto, m�dio e longo prazos para obter os objetivos almejados.

    Al�m disso, ele ser� capaz de avaliar essas respostas e, se necess�rio, modificar a estrat�gia de interven��o.

    Perpectivas futuras

    A compreens�o de como o corpo humano responde fisiologicamente a cargas agudas e cr�nicas de exerc�cio f�sico evoluiu muito nos �ltimos 50 anos.

    Os grandes avan�os nos recursos tecnol�gicos para pesquisa e a melhoria na qualidade e na quantidade de recursos humanos envolvidos com a produ��o do conhecimento na �rea da Fisiologia do Exerc�cio foram fatores primordiais nesta evolu��o.

    Atualmente, a Fisiologia do Exerc�cio constitui uma �rea de pesquisa bastante abrangente que tem recebido influ�ncia de diferentes �reas e de novos m�todos de investiga��o cient�fica.

    Isto tem permitido uma maior velocidade na descoberta de mecanismos, inclusivesite de apostn�vel celular e molecular, o que era anteriormente imposs�vel.

    Estudos que antes levavam dias para a coleta e tratamento dos dados hoje podem ser feitossite de apostquest�o de horas.

    At� mesmo a confec��o de manuscritos tornou-se mais veloz.

    Com certeza, os pr�ximos 20 anos ir�o apresentar uma evolu��o marcante e uma explora��o ainda maior,site de apostparticular,site de apostn�vel microsc�pico, molecular e gen�tico dos eventos associados � adapta��o do corpo humano ao exerc�cio f�sico e � influ�ncia do meio ambiente.

    Evidentemente, a transfer�ncia dos conhecimentos para a pr�tica n�o � t�o simples e depende de um bom entendimento da �rea.

    A simples produ��o de conhecimento n�o garante a melhoria na pr�tica profissional.

    Muitos dos pesquisadores atuantes na Fisiologia do Exerc�cio n�o possuemsite de apostforma��o de origem na Educa��o F�sica ou no Esporte.

    Ao mesmo temposite de apostque isto � interessante para a expans�o do conhecimento e da interdisciplinaridade, cuidado deve ser tomado para que este progresso no sistema de investiga��o n�o distancie a pesquisasite de apostFisiologia do Exerc�cio dos problemas e necessidades acad�micas e profissionais da Educa��o F�sica e do Esporte.

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